ARTIGO
DESIGNER GRÁFICO
(PERCEPÇÃO VISUAL E CRIATIVIDADE)
Conheci
o mundo da arte gráfica com 13 anos e desde então vivo uma constante
busca de melhor forma e de novas técnicas. Trabalhar com arte exige o
conhecimento de todas as faculdades, de todas as culturas e todas as
formas.
Hoje
com 26 anos me sinto ainda um aprendiz no quesito “arte” e todos os
dias olho as peças já produzidas e vejo como evoluo a cada novo
trabalho. Evolução é a palavra que escolhi para classificar a
necessidade do artista.
Nesse
artigo exponho pontos que me fazem ter e pensar numa arte cada vez mais
moderna e diferenciada, estes são tópicos e técnicas que considero
essenciais para a criatividade e criação.
Equilíbrio
- Não é preciso medir um “composê” de figuras sobrepostas para perceber
que uma encontra-se fora do centro. Nosso olhar juntamente com o
cérebro funciona sob as teorias da semelhança, da proximidade e do
fechamento (Teorias Gestaltistas). No fundo buscamos sempre o equilíbrio expresso na arte, em busca da perfeita representação da realidade.
Forma
- A arte através da história passou por modificações em sua forma, que a
cada período valorizou um aspecto da sua produção artística, e este
está relacionado com o contexto sociocultural e evolução da própria
arte. Por meio da forma é possível classificar e reconhecer uma obra em
seu período e contexto de criação. Como por exemplo, no Brasil o
barroco.
Configuração
- A arte não necessariamente tem motivos de existência, não surgi por
vontade de alguém. Arte é uma expressão do ponto de vista de uma pessoa,
que reproduz a partir da realidade visível, exposta a reflexão do
público. Somente na queda do medievalismo a arte buscou um configuração,
um traço um especificidade julgada como correta, como no período
Humanista com a busca da perfeição na imitação exata da realidade. O uso
de Luz, Cor Movimento e espaço (profundidade) como explica (Rudolf Arnheim)
Criatividade
- Criatividade é um dom nato ou inato? Ao longo da história da arte
percebemos que muitos foram os juízos sobre a qualidade da obra de arte,
seja ela musical, teatral ou pintura. O valor do belo e do feio vem
variando ao longo das épocas e estação sociais. Criatividade não é um
estilo, mas a capacidade de desenvolver uma aura sobre a peça (como nos fala Walter Benjamin),
dar sentido e significado particular a obra. É criativa a produção que
consegue combinar todos os fatores citados nesse artigo com o sentido.
Portanto criatividade pode ser nato sim, no viés de facilidade congênita
em combinar formas e sentidos, mas mais que isso criatividade é
aprendida e praticada, num exercício continuo e crescente de produção.
Aprendi
que o desenho e arte gráfica é uma percepção aguçada da realidade, uma
junção de várias peças armazenadas na memória. Quanto maior o banco de
informações dentro de nossa cabeça, maior a capacidade de combinação e
criação de novas realidades artísticas. Então para ser criativo basta
saber de tudo, entender de tudo, estudar tudo, e observar tudo. Num
próximo artigo falaremos sobre observação.
Você artísta que tem algum projeto de imagem ou desenho, envia-me e concorra um espaço no meu livro para expor sua obra creditada.