sábado, 7 de janeiro de 2012

Vidas diferentes!

Quando eu tinha apenas 9 anos de idade, sentando perto do rio sob uma árvore eu brincava com os dados de pedra sabão que ganhei de aniversário aquele ano, brincava com os dados de pedra e com as folhas que caiam no chão. Cada lado do dado era um elemento da natureza representado por seu número, e as folhas eram os personagens dessa aventura, eu modelava com folhas e galhos formandos bonecos de aventura, suas sortes e ações eram tirados nos dados que eram chamados de dados do poder supremo. Adorava tal brincadeira, eu me entretia por horas nessas brincadeiras, sempre fui uma criança com a imaginação aguçada e me divertia com tudo e os dados eram a brincadeira que eu mais amava. 



Meus avós moram no bairro novo em Funchal chamado Campo da Barca, na Rua Conde de Carvalhal e meus pais me levaram a casa de vovó para uma visita, o sol estava a se por e fazia uma tarde muito linda aquele dia. Meus são muito protetores até hoje, mas mesmo assim me deixaram brincar lá fora sob aquele carvalho enorme perto do rio. 
No bairro na parte do subúrbio havia um garoto marginalizado, abandonado pelos pais e vivia com avó num casebre perto do outra margem do rio. Já ouvira falar dele outras vezes, por suas travessuras e delinquências, de forma que nem as casas de ensino do Funchal inteiro não o queria mais estudando nelas. E meus pais já me avisará para não me enturmar com ele. Eu sempre me perguntei porque não? Porque não posso brincar com ele? ...... continua!