quinta-feira, 20 de outubro de 2011

EST FELIX IPSE ( Seja contente consigo mesmo)


            Hoje vou ficar tão alegre, que incomodarei as pessoas. (Clarisse Lispector). Existem pessoas que sempre se incomodaram com a alegria que trago dentro do meu coração, todos os dias, mesmo nas tribulações, nas erratas da vida, eu sempre estou sorrindo, mas não um sorriso escandaloso, nem forçado para maquiar uma aparência, mas porque descobri dois segredos monásticos que uma vez exercidos no dia a dia somos capazes de fazer cada momento de nossa vida um momento mais feliz.

Duas coisas são necessárias para nos libertarmos da tristeza e da insatisfação: Desapego e Autoconhecimento, no que engloba a compreensão de si mesmo, de nossas falhas e talentos e o total desprendimento da matéria, do que é concreto e formal, muitas vezes é preciso desconstruir para reconstruir novas atitudes e ações, não dá para ficar colocando emenda nem reembolso nas construções da nossa vida. Como diz no oráculo do deus Apolo, “Conheça-te a ti mesmo”, ser livre requer decisão e uma grande vontade de amar não por um sistema, nem mesmo por religião ou conceito social, mas porque se esta cheio de amor e tem-se a necessidade de colocar este para fora, extravasar. “A maldade é a mutação do grande porção de amor que temos e não usamos, que se estraga tal como o leite azeda e vira coalhada.

Não acredito em felicidade constante, nem acredito que se eu conseguir alcançar tal “status”, ou condição financeira serei mais felizes, não acredito que serei mais feliz se conseguir namorar aquela garota, ou se fizer sexo todos os dias, comer muito. Não acredito que um papelote de pó possa me dar uma felicidade constante, mesmo que usasse drogas constantemente, pois é impossível satisfazer o coração do ser humano. Nada pode encobrir nossa necessidade de algo novo. Os lazeres, festas, bebidas, sentimentos, emoções e realizações, são doses de morfina das quais precisamos todos os dias, para não entrarmos em colapso nervoso.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

BUSCA

A minha palavra, aquela que traduz a minha vida, que explica as minhas atitudes, minha essência, é a palavra “Busca”. Nunca fui uma pessoa muito conformada com essa vida, não aceito que existam pobres nas ruas, crianças com fome, drogas e prostituição, muito menos aquela que surge de um abuso, um assassinato do “ser humano” de alguém.

                Tudo bem que sempre me senti meio alienígena por causa disso, me canso às vezes só de pensar que não quero ver mais pessoas sofrerem, e quando chego à patética conclusão de que não posso fazer nada, fico triste e cansado dessa vida. Acho que é por isso que eu nunca fui chefe, nem patrão, governante nem guru de nada nessa vida.

                Sou um reles mortal, uma pessoa simples e sem muita graça, mas dentro do meu coração arde um fogo, algo que nunca pude explicar; uma ânsia, um desejo constante e sempre novo que busca o novo, de novo e de novo. Você já viu um vagalume? Como ele brilha? Então! Parecido com ele, esse fogo no meu peito me consome, arde muito e me faz correr atrás de algo que nem eu mesmo sei o que é.

                Buscar uma vida melhor, buscar um grande amor, buscar amar mais, buscar fazer mais em tempo recorde o que é preciso ser feito a cada dia (Aff). Preciso dormir! Dormir? Nessa palavra só vou acreditar que existe mesmo, lá no céu. Céu? Bom, se a palavra céu quer significar paz, harmonia, luz e vida, acho que é para lá que quero ir o mais rápido possível.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cálido Coração, ódio de mim mesmo!


Nessa época eu já estava tomado por um ódio, por uma raiva da vida, da minha vida, de forma que descontava toda essa ira nos meus pais. Da labuta para a rua e só aparecia em casa para dormir. Tinha meus próprios pais por inimigos, e os tratava de forma que ninguém diria se tratar de pais e filho.

Recordo daquela noite de forma dolorosa no meu coração, em que cheguei em casa eram mais que 23 horas e o fogão de lenha ainda estava acesso, coloquei um tanto d’água em um recipiente afim de ferver para fazer um chá e curar a ressaca de mais um dia com os amigos a beber e fumar.

Minha mãe cansada de tantas novidades, tanta calunia sobre nossa família por minha causa que me perguntou:

_ O que estás a fazer?

_ Não é de sua conta. Respondi.

_Você está em minha casa, tenho o direito de saber, faça-me o favor. O que você está fazendo aí?

Mais uma vez já irritado e tomado de um ódio respondi:

_Não é da sua conta, mas se quer saber, toma.

Com a maior frieza e de cálido coração, tomei o vasilhame que jaz morno e o virei todo sobre a cabeça dela como se não fosse minha própria mãe, como se fosse o último de meus inimigos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

     Resolvi escrever minha história não por ser interessante, mas por ter descoberto que dentro de mim existe uma força, uma energia, um espirito forte, algo que me fez vencer muitas realidades. Descobri que tenho alma de conde, a nobresa sempre esteve dentro da minha alma, na minha natureza, mesmo nas piores situações, sempre fui o Conde de Carvalhal.