Minha mãe sempre me disse: nada de sujeiras, bagunças ou roupas jogadas no chão, arruma o quarto e lave suas cuecas no banho, comidas no chão atraem bichos e com isso sempre odiei arrumar as coisas. Não sabia que era um preparativo para outras realidades em minha vida. Descobrir com a vida que os entulhos são demonstrativos de nossa bagunça interior, quando tudo está fora do lugar, os nossos olhos atraem a escuridão e a sujeira. Assim como comidas e lixos atraem bichos peçonhentos, a bagunça interior atraem espíritos imundos que vagam pela terra atrás de recôndito seguro e agradável.
O primeiro passo que dei rumo a mudança da minha vida foi a organização da minha vida.Tirei os lixos do chão, arrumei meu quarto que é o lugar onde descanso, coloquei os livros no lugar e as roupas limpas nos cabides. troquei os lençóis e a fronha da cama. Abri a janela e lá fora ardia um sol que iluminou meu quarto inteiro. Meus olhos viram a luz, e me enchi de esperança, respirei fundo e vi que tinha oportunidades mil para dar a volta por cima.
Tudo com muita fé na voz que conversa comigo, naquele luz que vi aquele dia, acreditando nessa força maior que governa os ventos e os elementos, que trás paz e força, pois a paz é o grande sinal que as coisas vem do bem, mas também acreditar nos espíritos malignos que andam pelos ares, nas sujeiras, inspirando maldades, assassinatos e suicídios, pois crer em Deus requer acreditar no demônio que assola a alma bagunçada. Acreditar na paz é temer o mau da depressão é forçar-nos aprender escolher melhor as portas que abrimos e as coisas que mostramos a nossa alma.
Sei o que digo, falo por conhecimento de causa, não brinco, nem jogo palavras fora, sou o Conde de Carvalhal!
